segunda-feira, 2 de maio de 2016

Como produzir folhetos de cordel em sala de aula






Olá professores, alunos e pessoas interessadas na produção da poesia de cordel. O vídeo postado neste blog pretende de uma maneira fácil, contribuir com atividades dinâmicas na prática de produção de folhetos de cordel por professores, alunos e pessoas a fins, seguindo seu passo a passo.

Este mine projeto tem a proposta inicial de aproximar professores e alunos a Literatura de Cordel inserindo a poesia nas séries do ensino fundamental I, II e médio, até mesmo como proposta didática para avaliação do produto desenvolvido, socializando a troca de saberes sociais históricos e culturais de uma determinada região, visto que, a aproximação professor/aluno é determinante para que haja bons resultados na produção de folhetos, neste contexto, o docente terá obrigação de avaliar e estimular o aluno para a interiorização de assuntos do cotidiano, Segundo Watson (1913) pág. 27, ´´...intitulado de psicologia: como os behavioristas a veem``, determinados estímulos fazem com que os organismos deem determinada resposta, estímulos estes que, através de equipamentos, formação de hábitos e sua própria hereditariedade demonstrem respostas, positivas ou negativas.

Contudo, situar-se na responsabilidade de usar metodologias inovadoras, ou seja, visualizar conhecimentos teóricos sobre os assuntos já inseridos no primeiro passo desse projeto antes de expor o vídeo para os alunos é de grande valia. Alguns conhecimentos básicos como: História do cordel e origens das xilogravuras estão inseridas neste blog, considerando a possibilidade além de avaliar seus alunos, se alto avaliarem.

A ideia inicial de apresentar a produção de folhetos e xilogravuras é de auxílio didático, contudo a produção de quadrinhas, esta, de melhor assimilação na construção de rimas, será confeccionada neste primeiro módulo, lembrando que, o professor não precisa obrigar o aluno a seguir métricas, e sim orientá-los a criar poesias com rimas ou sem elas, podendo ser utilizada a variação linguística de sua região, para que depois possa ser contextualizada.

PASSO A PASSO PARA O ESQUEMA DA APRESENTAÇÃO DA OFICINA DE LITERATURA DE CORDEL ATRAVÉS DO VÍDEO.

1º PASSO
Apresentação de dinâmicas em sala de aula.
INDICADORES METODOLÓGICOS:
a)    Filme o Auto da Compadecida (Ariano Suassuna).
b)    Asa Branca (música de Luiz Gonzaga)
c)    Xote das Meninas, (música de Luiz Gonzaga)
d)    Apresentação de vídeos com Repentes e Emboladores, (Repentistas nordestinos) site: g1.globo.com/.../videos/v/...repentistas/2779791/
e)    Citação de folhetos de cordel, (Antônio Carlos de Oliveira Barreto, Jotacê Freitas e Leandro Gomes de Barros (http://oficinacordel.blogspot.com)
f)     Revista Cordel Encantado: Com atividades dinâmicas (Professora Adriana Leite Campos, drizzalua@hotmail.com).
OBS: Estes autores são apenas indicadores de pesquisa, visto que outros autores que envolvam a cultura do cordel possam ser inseridos ou acrescentados às dinâmicas, esta fica a disposição do pesquisador, levando em conta às práticas culturais e literárias da região onde será aplicado o projeto.



2º PASSO
Inserção teórica e conceitos fundamentais sobre a Literatura de Cordel e Xilogravuras.
DINÂMICA: SLIDES EM POWER POINT
a)    Apresentação de oficina – O que é Literatura de Cordel?
Origem da Xilogravura e Produção de rimas (Professora Adriana Leite Campos).        (Slides para oficina, postados neste site)

http://www.slideshare.net/AdrianaLeiteCampos/o-que-literatura-de-cordel-61593696 

3º PASSO
Produção de folhetos na prática
DINÂMICA: VÍDEO
a)    Apresentação da videoconferência com os passos para a confecção dos folhetos de cordel e xilogravuras. 

Baixe Modelos de folhetos aqui


 
ORIENTAÇÕES FINAIS:
Após o desenvolvimento dos três passos, poderão ser desenvolvidos cordéis com várias contextualizações sociais, culturais e até políticas, ou mesmo folhetos em brancos, este material necessariamente não precisa ser produto de avaliação, contudo de amostras, exposições e campeonatos de citações de poesias, utilizando-se do cordão e do pregador, maneira tradicional de vender cordel. A prática de reconhecimento dos trabalhos produzidos por professores e alunos na escola é de alta relevância para estimula-los a este tema, sintetizando a interdisciplinaridade onde fica presente a leitura, a escrita e a cultura cotidiana de uma região.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Este projeto experimental tem seus fundamentos na literatura de cordel que pode ser definida por Cascudo (1994) e Araújo (2007) como uma crônica poética da história popular. Uma narrativa, em verso, na qual um povo fala de seus modos de vida, suas experiências históricas e origens.

Outro teórico que inspira o uso da literatura popular nos processos de ensino aprendizagem é Paulo Freire (2006; 1997), especialmente nos aspectos metodológicos. Este autor refere que educar é como viver, exige a consciência do inacabado e do mundo vivo, de modo tal que a história e o cotidiano sejam contemplados nas metodologias e didáticas do ensino praticadas.

Para Freire o aspecto central no processo educativo é a afirmação da liberdade e autonomia e para alcança-lo é preciso apoiar-se na história, memória e cultura viva de um povo. Para atingir estes objetivos, diz o autor, a prática educativa deve observar a leitura da palavra escrita, pois “A leitura do mundo procede da leitura da palavra e da leitura desta, implica a continuidade da leitura daquele” (2006, p. 20).

Seguindo Paulo Freire, este projeto de intervenção destaca a importância da leitura da palavra para a leitura do mundo, ao mesmo tempo em que afirma a cultura local da qual cada aluno é experiência histórica viva. Os pressupostos metodológicos se inscrevem no contexto das pesquisas qualitativas em educação.

A professora Juliana Dias, usa o apoio da tecnologia para inovar no ensino de arte visual como produção da cultura histórica do ¨Cordel Vivo¨, esta didática acontece a partir da exposição de ilustrações de uma história desenhada sobre a vida do sertanejo nordestino pelo artista de xilogravuras J. Borges, criada pela professora através do acesso a internet, para ser socializada como cordel vivo assistido pelo seu grupo de alunos através do vídeo on-lane, um dos processos chamados tecnologias inovadoras para a articulação e desenvolvimento da cultura popular de xilogravuras.

REFERÊNCIAS:

ARAUJO, Alceu. M. et al Cordel e comunicação. São Paulo: USP, 1971. Cultura Popular Brasileira. 2ª ed.- São Paulo. Ed. Martins Fontes, 2007.

ASSARÉ, Patativa.  Cantos do Patativa (1967) Inspiração nordestina. Uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Disponivel em: www.suapesquisa.com/biografias/patativa_assare.htm

BARRETO, Antônio, Aprendendo as Adivinhas nas Quadrinhas de Cordel, Literatura de Cordel, edição Akadicadikum, abril de 2011.

BATISTA, S.N. Antologia da literatura de cordel.: Fundação José Augusto,
São Paulo, 1997.

BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as ideias. Ed. Ática. 8ª ed. São
Paulo, 2005.

BORGES, Gilberto André. Discutindo Fundamentos da Educação MusicalFilosofia da Educação Musical, Psicologia da musica, Educação Musical. Florianópolis, <http://www.musicaeducação. mus.br> 2007.

CAMPOS, Adriana Leite Revista Cordel Encantado, (com atividades dinâmicas), cordéis atividades de interpretação, adivinhas, caça palavras, palavras cruzadas e cruzadinhas com assuntos atuais da sociedade, Biblioteca Publica Nacional, 1ª Edição 2012.

CASCUDO, Luís Câmara. Literatura de cordel- antologia, 3ª ed. Banco do
Nordeste, com organização e notas de Ribamar Lopes, 1994.

______. Cinco livros do povo- Editado por José Olímpio, 1953 – 2ª edição, ed. Univ.UFPB, 1979.

CURRAN, Mark J. A apreseça de Rodolfo Coelho Cavalcante na moderna Literatura de Cordel. Editora Nova Fronteira fundação Casa de Rui Barbosa. 1º edição RJ 1987.

DIAS, Juliana Gomes de Souza, Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica, Curitiba – PR Secretaria Estadual de Educação 2008.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. Em três artigos que se completam. 47ª edição. São Paulo- SP; Ed. Cortez, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e terra (Coleção Leitura), 1997.

FREITAS, Jotacê, Ouvido virou penico nas cidades da Bahia, Literatura de Cordel, Edição Akadicadikum, abril de 2012.

SOARES, Vilmabel. Práticas Pedagógicas VivenciaisDinâmica para trabalhar valores, atitudes, afetividade, autoestima e relacionamento. Petrópolis, RJ (Editora Vozes), 2010.




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