Olá
professores, alunos e pessoas interessadas na produção da poesia de cordel. O
vídeo postado neste blog pretende de uma maneira fácil, contribuir com
atividades dinâmicas na prática de produção de folhetos de cordel por
professores, alunos e pessoas a fins, seguindo seu passo a passo.
Este mine
projeto tem a proposta inicial de aproximar professores e alunos a Literatura
de Cordel inserindo a poesia nas séries do ensino fundamental I, II e médio,
até mesmo como proposta didática para avaliação do produto desenvolvido, socializando
a troca de saberes sociais históricos e culturais de uma determinada região,
visto que, a aproximação professor/aluno é determinante para que haja bons
resultados na produção de folhetos, neste contexto, o docente terá obrigação de
avaliar e estimular o aluno para a interiorização de assuntos do cotidiano,
Segundo Watson (1913) pág. 27, ´´...intitulado de psicologia: como os
behavioristas a veem``, determinados estímulos fazem com que os organismos deem
determinada resposta, estímulos estes que, através de equipamentos, formação de hábitos e sua
própria hereditariedade demonstrem respostas, positivas ou negativas.
Contudo,
situar-se na responsabilidade de usar metodologias inovadoras, ou seja,
visualizar conhecimentos teóricos sobre os assuntos já inseridos no primeiro
passo desse projeto antes de expor o vídeo para os alunos é de grande valia. Alguns conhecimentos básicos como: História do cordel e origens das xilogravuras estão inseridas neste blog, considerando a possibilidade além de avaliar
seus alunos, se alto avaliarem.
A ideia
inicial de apresentar a produção de folhetos e xilogravuras é de auxílio
didático, contudo a produção de quadrinhas, esta, de melhor assimilação na
construção de rimas, será confeccionada neste primeiro módulo, lembrando que, o
professor não precisa obrigar o aluno a seguir métricas, e sim orientá-los a
criar poesias com rimas ou sem elas, podendo ser utilizada a variação linguística
de sua região, para que depois possa ser contextualizada.
PASSO A PASSO PARA O ESQUEMA DA APRESENTAÇÃO DA OFICINA DE LITERATURA
DE CORDEL ATRAVÉS DO VÍDEO.
1º PASSO
Apresentação de dinâmicas em sala de aula.
INDICADORES METODOLÓGICOS:
a) Filme o
Auto da Compadecida (Ariano Suassuna).
b) Asa Branca
(música de Luiz Gonzaga)
c) Xote das
Meninas, (música de Luiz Gonzaga)
d) Apresentação
de vídeos com Repentes e Emboladores, (Repentistas nordestinos) site: g1.globo.com/.../videos/v/...repentistas/2779791/
e) Citação de
folhetos de cordel, (Antônio Carlos de Oliveira Barreto, Jotacê Freitas e
Leandro Gomes de Barros (http://oficinacordel.blogspot.com)
f) Revista
Cordel Encantado: Com atividades dinâmicas (Professora Adriana Leite Campos, drizzalua@hotmail.com).
OBS: Estes
autores são apenas indicadores de pesquisa, visto que outros autores que envolvam
a cultura do cordel possam ser inseridos ou acrescentados às dinâmicas, esta
fica a disposição do pesquisador, levando em conta às práticas culturais e
literárias da região onde será aplicado o projeto.
2º PASSO
Inserção teórica e conceitos fundamentais sobre a
Literatura de Cordel e Xilogravuras.
DINÂMICA: SLIDES EM POWER POINT
a) Apresentação
de oficina – O que é Literatura de Cordel?
Origem da Xilogravura e Produção de rimas
(Professora Adriana Leite Campos). (Slides
para oficina, postados neste site)
http://www.slideshare.net/AdrianaLeiteCampos/o-que-literatura-de-cordel-61593696
http://www.slideshare.net/AdrianaLeiteCampos/o-que-literatura-de-cordel-61593696
3º PASSO
Produção de folhetos na prática
DINÂMICA: VÍDEO
Baixe Modelos de folhetos aqui ↓
Após o
desenvolvimento dos três passos, poderão ser desenvolvidos cordéis com várias
contextualizações sociais, culturais e até políticas, ou mesmo folhetos em
brancos, este material necessariamente não precisa ser produto de avaliação, contudo
de amostras, exposições e campeonatos de citações de poesias, utilizando-se do
cordão e do pregador, maneira tradicional de vender cordel. A prática de
reconhecimento dos trabalhos produzidos por professores e alunos na escola é de
alta relevância para estimula-los a este tema, sintetizando a
interdisciplinaridade onde fica presente a leitura, a escrita e a cultura
cotidiana de uma região.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este projeto experimental tem seus
fundamentos na literatura de cordel que pode ser definida por Cascudo (1994) e
Araújo (2007) como uma crônica poética da história popular. Uma narrativa, em
verso, na qual um povo fala de seus modos de vida, suas experiências históricas
e origens.
Outro teórico que inspira o uso da
literatura popular nos processos de ensino aprendizagem é Paulo Freire (2006;
1997), especialmente nos aspectos metodológicos. Este autor refere que educar é como viver, exige a consciência do
inacabado e do mundo vivo, de modo tal que a história e o cotidiano sejam
contemplados nas metodologias e didáticas do ensino praticadas.
Para Freire o aspecto central no
processo educativo é a afirmação da liberdade e autonomia e para alcança-lo é
preciso apoiar-se na história, memória e cultura viva de um povo. Para atingir
estes objetivos, diz o autor, a prática educativa deve observar a leitura da palavra
escrita, pois “A leitura do mundo procede da leitura da palavra e da leitura
desta, implica a continuidade da leitura daquele” (2006, p. 20).
Seguindo Paulo Freire, este projeto de
intervenção destaca a importância da leitura da palavra para a leitura do
mundo, ao mesmo tempo em que afirma a cultura local da qual cada aluno é
experiência histórica viva. Os pressupostos metodológicos se inscrevem no
contexto das pesquisas qualitativas em educação.
A professora Juliana Dias, usa o apoio
da tecnologia para inovar no ensino de arte visual como produção da cultura
histórica do ¨Cordel Vivo¨, esta didática acontece a partir da exposição de
ilustrações de uma história desenhada sobre a vida do sertanejo nordestino pelo
artista de xilogravuras J. Borges, criada pela professora através do acesso a
internet, para ser socializada como cordel vivo assistido pelo seu grupo de
alunos através do vídeo on-lane, um dos processos chamados tecnologias
inovadoras para a articulação e desenvolvimento da cultura popular de xilogravuras.
REFERÊNCIAS:
ARAUJO,
Alceu. M. et al Cordel e comunicação. São Paulo: USP, 1971. Cultura
Popular Brasileira. 2ª ed.- São Paulo. Ed. Martins Fontes, 2007.
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nordestina. Uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Disponivel em: www.suapesquisa.com/biografias/patativa_assare.htm
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Paulo, 1997.
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Edivaldo. Como ordenar as ideias. Ed. Ática. 8ª ed. São
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2005.
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<http://www.musicaeducação. mus.br> 2007.
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Adriana Leite Revista Cordel Encantado,
(com atividades dinâmicas), cordéis atividades de interpretação, adivinhas,
caça palavras, palavras cruzadas e cruzadinhas com assuntos atuais da
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CASCUDO, Luís Câmara. Literatura
de cordel- antologia, 3ª ed. Banco do
Nordeste, com organização e notas de
Ribamar Lopes, 1994.
CURRAN, Mark J. A apreseça de Rodolfo Coelho Cavalcante na moderna Literatura de
Cordel. Editora Nova Fronteira fundação Casa de Rui Barbosa. 1º edição RJ 1987.
DIAS, Juliana
Gomes de Souza, Arte Visual: Arte visual
como produção cultural e histórica, Curitiba – PR Secretaria Estadual de Educação
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FREIRE,
Paulo. A importância do ato de ler. Em três artigos que se completam.
47ª edição. São Paulo- SP; Ed. Cortez, 2006.
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Jotacê, Ouvido virou penico nas cidades
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SOARES,
Vilmabel. Práticas Pedagógicas
Vivenciais – Dinâmica para trabalhar
valores, atitudes, afetividade, autoestima e relacionamento. Petrópolis, RJ
(Editora Vozes), 2010.
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